terça-feira, 8 de março de 2016

As Mulheres Quincas Berro D´Água

Olga Benário, Cecília Meireles, Chiquinha Gonzada, Cora Coralina, Filó. Mulheres famosas e anônimas, donas do lar e independentes. Revolucionárias. Como esquecer do valor histórico que essas e tantas outras representam no cenário nacional? Trata-se de uma luta por prestígio profissional, igualdade salarial, respeito social e redefinição de valores. 
A mulher pós-moderna deseja tornar-se independente e ao contrário do que o patriarcado prega, isto não as tornarão menos femininas. Criar cotas para mulheres é tão necessário quanto para negros, indígenas e deficientes. Certamente, essa porcentagem separada para nós - indivíduos marginalizados - não nos tornará inferior a qualquer grupo social. No entanto, seria hipocrisia afirmar que preconceito, descriminação e desigualdade social não existem. As cotas surgem, então, para quebrar correntes.
O cenário da mulher é sujeito a tabus e estereótipos sempre relacionados a sensualidade e sexualidade. Nunca a eficiência e eficácia profissional. É preciso ser um pouco mais como Quinca Berro D´Água que largou a família separando-se do tradicionalismo ao que estava condicionado para iniciar uma nova vida fora dos padrões quadrados. Sim, para as cotas. Sim, para o alto nível trabalhista da mulher. 
Sendo assim, considero a educação a única maneira de vencer esse contexto social tão centralizado. Para tanto, as mulheres devem ser as Quincas Berro D´Água do século XXI abandonando - bravamente - velhas práticas sociais. Felizmente, hoje, o empoderamento feminino não é mais uma questão de escolha, e sim uma necessidade de inserção enquanto ser social. Lutemos!

Feliz dia Mulher!