quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

O Natal

O Natal dentre tantas festas celebradas ao ano é uma das que mais reúne famílias e amigos. É lindo de ver os avós e bisnetos no mesmo lugar rindo e conversando. É lindo ver as crianças brincando mais e deixando de lado os celulares; os jovens trocando ideias entre si ao invés de se prenderem a conversas frias separadas e unidades pela conexão sem fio. 
Se todo o dia fosse Natal, todo dia seria bom. Na verdade, acho que não. E mesmo sabendo que é feio usar o "eu acho" num texto, vou usar simplesmente porque eu acho que os 363 dias que restam ao ano são completamente diferente do que exibimos em dois dias. Se quer saber, tenho certeza. E claro, salvo as exceções - pra essas, bato palmas - o ser humano está mais preocupado em ostentar do que ser. Preferimos separar do que unir, fazemos inimigos em todos os cantos, no entanto, não cultivamos um único amigo. Provocamos guerra, nunca a paz. 
Será que pelo menos uma vez  o Natal pode ser Natal ao menos tempo em que seu espírito de amizade perdure por longos dias? Ah, como seria bom ver jovens dando lugar a idosos nos ônibus, filhos respeitando os pais, amigos sendo verdadeiros, amores sendo reais, sonhos sendo conquistados pouco a pouco... Talvez, e quem sabe talvez isso seja o Natal: viver todos os dias como se o amanhã não fosse existir e por isso fazer o melhor hoje. 
Que sejamos verdadeiros sempre e que a verdade esteja a frente de nós como uma identidade. Que nos reconheçam pelo nosso caráter, não pela aparência ou classe social. Que as oportunidades sejam iguais para todos, que o sol brilhe em todos os continentes mas não nos faça esquecer que tudo o que desejamos precisa ser conquistado com muito suor e dedicação. Aos verdadeiros, paz; aos falsos? Bom, que se danem. Mas se quiserem recomeçar serão bem-vindos. 
E no final do dia o Natal deixará de ser Natal para dar lugar a harmonia que os filmes tanto enfeitam com solidariedade, felicidade e vontade de fazer o bem. Que sejamos assim, e que assim seja 24 horas por dia, 7 dias por semana, 31 dias ao mês, 365 dias ao ano até nosso último suspiro. 
Feliz Natal!

sábado, 14 de novembro de 2015

O verbo

A diferença entre ser e estar
É o grande abismo entre amar e gostar
O verbo só pode ser ação
Se souberes conjugar

A primeira  pessoa
Eu... amo
A segunda, tu
Não sei
Chamo, meu coração de bobo
Que se apega ao português feito louco
Pra ser sujeito do verbo amar

Existem tantas perguntas
Medos e inseguranças
Bagunças, mudanças
Não me encontro em nenhum lugar

Com papel e caneta
Tento rimar o verbo
Mas não consigo me expressar
O abismo é a linha tênue
Entre o romântico e o vulgar

O futuro do presente me assusta
Tanto quanto o amanhã-depois
Será que tenho escolha?
Será que devo esperar?
A palavra me segura
Mas eu não quero ficar

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Não haverá casamento

Não haverá casamento
Fechem as cortinas do show
O espetáculo será cancelado
O troféu foi roubado
E o anel queimado

Não haverá casamento
O noivo fugiu
A noiva ficou
Depois queimou a casa
Que ele comprou

Mas ela ainda vai casar
Com um homem amigo
Companheiro, educado
Romântico antiquado
Do tipo que dá flores

Aquele noivo era mesmo atrasado
Ia se casar forçado
Não fazia planos nem tirava retratos
Um bobão

Ele não falava em casar
Não pensava em se mudar
Daquele quarteirão
O amor dele era de papelão

Eles não sonhavam juntos
Não curtiam juntos
Não tinham essa união
Ela até tentava
Mas ele relutava
Em objeção!

Dois anos se passaram
Agora ela tem novos retratos
Com um amor de muitos fatos
De coração vermelho fogo
Que nem o sol na multidão

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Coragem para amar

Os mais velhos gostam de cantarolar seu passado para nós que estamos chegando. Eles falam das aventuras e loucuras que fizeram, contam do amor que viveram e nós babamos, perplexos e apaixonados por seus contos reais.
Outro dia eu estava conversando com minha avó sobre o verdadeiro amor, e ela me disse que o amor verdadeiro não precisa, necesseriamente,  ser nosso.
"Minha flor", ela disse, "amar alguém vai mais além de estar próximo fisicamente e reunir bons retratos. O amor pode estar perto ou longe, mas independente do endereço, ele é sempre o mesmo.
O amor ainda é aquele arco-íris azul do céu que todo mundor quer olhar. Seria muito bom se todas as pessoas pudessem viver o que ele tem pra dar.
O grande amor da  sua vida, não precisa estar na sua vida para sempre. Seu avô não foi o grande amor da minha vida, ele se tornou com o tempo. Antes disso eu precisei ser o grande amor da vida DELE PRIMEIRO. Porque assim é melhor.
Foi preciso muita coragem para deixar meu grande amor para trás. Mas eu reconheci que merecia mais do que ele queria me oferecer.  E acredite, deixar um homem bom não significa ser infeliz e conhecer um pior. Seu avô foi mais, ele foi melhor em tudo. Sempre será. 
A questão é que amar não é só beijo e abraço. Se trata de um relacionamento entre famílias, mentes, corações. Um laço entre um casal de namorados precisa ser bem construído, para que na fase do casamento ele esteja firmado. 
O homem precisa saber o seu papel e o que ele quer com você.  Ele precisa estar  disposto a tudo. Perder tudo e ganhar muito por você. 
O amor, minha flor, é simples para aqueles que não temem a opinião alheia, a comunidade externa. Ora, o amor não é a dois? 
Eu não quis guerra, por isso deixei o Filipe. Eu  não quis passar por tudo o que passaria e passei para estar com ele. Foi preciso muita coragem, mas eu tive sorte. Alguém, num mundo enorme com bilhões de pessoas de todos os tipos, olhava pra mim..." 
-Eu preciso ir, vovó! - Eu precisei interrompê-la, enfim pude compreender tudo! 
-Para onde você vai?
- Eu vou aceitar aquela viagem e viver o meu sonho. Quem sabe com muita sorte eu me torne o amor da vida de alguém, só preciso de fé. 
- Não, fé você já tem. Você precisa de coragem.


História Fictícia

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Ainda existe amor

O amor é mesmo muito complicado. Às vezes é certo, outras vezes errado. O amor é mesmo uma aquarela, cheia de cores e sabores. Novela. O amor também é triste, cheio de solidão, versos sem rima e sem perdão. E quem não quer ter um amor verdadeiro, cheio de segredos e fluflus pra contar? Ah, quanta satisfação haveria em amar...
Todos os livros de romance parecem muito distantes da realidade, mas quando alguém nos conta sua própria história não tenho vergonha de perder as horas sonhando os contos de alguém. Não tenho vergonha de sentir inveja do amor de novela daquela senhora que conheci. História de princesa.  História de amor. Século XXI.
Então ainda existe aquele amor sem limites que tira nossos pés do chão! Bom, agora sabemos. A parte ruim é que nem todos tem a mesma sorte. Poucos amam até morte. Poucos dão verdadeira atenção. E hoje existe tanta competição! Já não basta o mundo externo: agora Whatsapp, Facebook, Twitter são campeões em destruir uma relação. Que pena. 
No entanto, o amor ainda é amor se você souber amar. Me apegarei a história daquela senhora cheia de sorte, e tantas outras que conheceram o amor em exatidão. Não me esquecerei de pedir à Deus um grande amor pra viver o calor da paixão. Quem sabe se desejarmos muito e acreditarmos o amor que tem o tamanho de um oceano possa caber em nosso coração. 
O amor é aquela faísca colorida que todo mundo quer se queimar...




Inspirado em fatos reais